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Os impactos do turismo e da expansĂŁo imobiliĂĄria na
Arquitetura Vernacular da Chapada dos Veadeiros - GoiĂĄs

Talita Maboni

A pandemia do coronavírus transformou as relaçÔes de trabalho e deslocamento, pois ao determinar o
distanciamento social e possibilitar o trabalho remoto permitiu que as pessoas saĂ­ssem de suas
residĂȘncias em busca de outros ambientes. Destinos de natureza como a Chapada dos Veadeiros, em
Goiås, passaram a ser mais procurados não apenas para lazer, mas também como segunda
residĂȘncia por moradores de classes altas e mĂ©dias. Isso aqueceu o mercado imobiliĂĄrio na regiĂŁo e,
para atender Ă  demanda, novos loteamentos urbanos e rurais estĂŁo se proliferando. Problemas como
gentrificação e pressão nos sistemas ambientais de ågua e esgoto permeiam esse contexto e, no
Ăąmbito do patrimĂŽnio cultural, a arquitetura vernacular e os saberes construtivos locais, expressos
principalmente pela cultura Kalunga, estão sendo ameaçados pela padronização construtiva em
curso. Essa pesquisa busca analisar a pressĂŁo que o turismo e a expansĂŁo imobiliĂĄria exercem sobre
a arquitetura vernacular da região. Através de revisão bibliogråfica e aplicação de questionårio com
quatro grupos focais, buscou-se compreender a relação desses grupos com a arquitetura local. Os
resultados obtidos demonstram a importĂąncia de reconhecer a arquitetura local como patrimĂŽnio para
que todos os envolvidos, moradores nativos, turistas, construtores e novos moradores tenham parte
na sua preservação.
Palavras-Chave: Arquitetura vernacular, turismo, patrimĂŽnio, expansĂŁo imobiliĂĄria

O TerritĂłrio e a Comunidade Kalunga - quilombolas em diversos olhares

Maria Geralda de Almeida

Os Quilombolas no Estado de Goiås se autodenominaram de Kalunga e desde a década dos anos 1980 a Universidade Federal de Goiås interessase em aproximar desde povo. Atualmente, pesquisadores de diversas åreas de conhecimento investigam o substrato espacial, buscam compreender as pråticas culturais e os impactos da modernidade explicando os processos atuantes no Sítio Histórico e PatrimÎnio Cultural Kalunga. O labor e a curiosidade científica de diversos pesquisadores ampliam as informaçÔes e contribuem para darem maior visibilidade aquele grupo étnico.
Faltava, todavia, um livro reunindo as mais recentes produçÔes e, com este intuito, esta coletùnea especificamente sobre os Kalungas, soma-se àquelas que se dedicam a evidenciar a diversidade cultural e estudar os quilombolas.

Quilombo KALUNGA Comunidade do Engenho II: Limites e possibilidades para o Turismo

Rosiene Francisco dos Santos

O objetivo geral deste trabalho foi refletir sobre a incorporação do turismo na comunidade. Para alcançå-lo, a pesquisa estabeleceu como objetivos específicos: a) descrever a Comunidade Quilombola Kalunga do Engenho II (QKCE); b) conhecer e registrar a percepção da comunidade acerca do seu patrimÎnio cultural; e c) narrar o olhar da comunidade sobre o turismo. A abordagem da pesquisa foi qualitativa, utilizando narrativas do Quilombo Kalunga Comunidade do Engenho II-QKCE, fonte principal desta pesquisa, coletadas por meio de registro de história oral. O instrumento utilizado na coleta de dados foi o roteiro de entrevista estruturado em dois eixos de questÔes sobre a história de vida e a história da pråtica do turismo na sua realidade, comuns a todos os entrevistados. O principal resultado é a crença na possibilidade de criar uma forma de turismo menos opressora na comunidade Kalunga.
Palavras-chave: Turismo; Comunidade; Quilombola; Kalunga do Engenho II.

Sentido Kalunga

Talita Maboni

Trabalho Final de Graduação do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade de Brasilia. Aluna: Talita Maboni

Jå que o turismo é a principal fonte de renda do Engenho II, deve ser bem administrado e estruturado para que sejam minimizados os impactos ambientais e sociais. Entretanto, a infraestrutura para o turismo no local ainda é muito incipiente e necessita de estudos que contribuam com açÔes e instrumentos de gestão territorial e ambiental que conciliem a preservação da natureza à iniciativas que lhes resultem em uma melhoria na qualidade de vida e autonomia financeira, respeitando suas tradiçÔes culturais e construtivas.
Assim, o objetivo desta pesquisa e projeto de extensão é contribuir com projeto de infraestrutura que ajude a minimizar esses impactos, resultando na resolução ou amenização de alguns conflitos existentes na comunidade em relação ao turismo, como a superlotação das cachoeiras, prejuízos ao ambiente cultural, social e ambiental e competiçÔes entre as famílias empreendedoras.

A materialização da história e do modo de vida kalunga em infraestrutura que incentive o turismo cultural na comundiade desafogaria o ecoturismo concentrado nas cachoeiras do território.
Além disso, foram propostas melhorias na infraestrutura da comunidade como arborização, mobiliårio e sinalização com informaçÔes históricas sobre os locais.
Com isso, espera-se que não apenas o território se altere com a readequação do espaço e a in stalação de equipamentos comunitårios, mas que os laços entre os moradores sejam reestabelecidos e reforçados, unindo mais ainda a comunidade a partir do processo participativo.

Educação Patrimonial: Inventårios participativos

IPHAN

A presente publicação Ă© de livre acesso, destinada ao pĂșblico em geral, podendo ser utilizada sem necessidade de licença, autorização ou cessĂŁo de direitos. Constitui-se, antes, numa ferramenta de Educação Patrimonial com objetivos principais de fomentar no leitor a discussĂŁo sobre patrimĂŽnio cultural, assim como estimular que a prĂłpria comunidade busque identificar e valorizar as suas referĂȘncias culturais.

O urbanismo participativo como tecnologia social do grupo PerifĂ©rico da FAU/UnB: o caso do projeto do Corredor Cultural do Cerrado em Cavalcante – Go

Liza Maria Souza de Andrade, Caio Monteiro Damasceno

Este artigo tem como objetivo apresentar o processo de projeto de urbanismo participativo do Projeto de ExtensĂŁo de Ação ContĂ­nua PEAC do grupo “PerifĂ©rico, trabalhos emergentes”, da FAU/ UnB vincula do ao NPCT + TS, criado especialmente para desenvolver tecnologias sociais e inovaçÔes no Ăąmbito de projetos de urbanismo e de arquitetura produzidos por estudantes no formato de TFGs . Parte se das demandas e vocaçÔes levantadas por meio da anĂĄlise do problema (identidade local, saberes existentes, padrĂ”es espaciais e de acontecimentos de acordo com as dimensĂ”es da sustentabilidade, social, cultural e emocional, econĂŽmica e ambiental), sistematiza se tais padrĂ”es para estabelecer uma linguagem com a comunidade, aumentando a sua participação no processo, na forma de cĂłdigos geradores, baseados em Alexander et al (1977) e em Andrade (2014), e, por fim, utiliza-se de propostas alternativas. Pretende se demonstrar o processo d e projeto do Corredor Cultural do Cerrado na Cidade de Cavalcante GO, um projeto de reabilitação urbana que teve como objetivo resgatar a histĂłria e a cultura da cidade por meio da participação dos moradores para se ter um entendimento mais apurado sobre a escala local e seus reflexos no projeto de melhoria da infraestrutura e integração urbana bem como a arte urbana como linguagem para a valorização das ĂĄreas pĂșblicas e a vivĂȘncia coletiva.
PALAVRAS CHAVE
Urbanismo participativo ; Grupo Periférico; padrÔes espaciais, Extensão Universitåria, tecnologia social

Lugares de memĂłria do Quilombo Mesquita

Cyntia Temoteo da Costa Silva

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em AssistĂȘncia TĂ©cnica Habitação e Direito Ă  Cidade, como requisito de conclusĂŁo do curso, para obtenção do tĂ­tulo de especialista e implantação do projeto experimental de ResidĂȘncia Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia da Universidade Federal da Bahia (ResidĂȘncia AU+E), integrado ao Programa de PĂłs-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Arquitetura, com apoio da Escola PolitĂ©cnica da Universidade Federal da Bahia.

O Quilombo Mesquita estĂĄ localizado no municĂ­pio da Cidade Ocidental no Estado de GoiĂĄs a 60 km da capital do paĂ­s, obteve sua certificação como territĂłrio remanescente em 2006, porĂ©m, atĂ© a presente data, suas terras ainda nĂŁo foram certificadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma AgrĂĄria, o que acarreta, entre outros fatores, na ausĂȘncia de delimitação territorial.

Diante de tal percepção, e visando salvaguardar o acesso ao território, e também a melhoria e resgate de qualidade de vida, pertencimento, visibilidade e empoderamento da cultura negra e quilombola, entre as demandas do trabalho estão a contribuição para o projeto de restauração do casarão de Aleixo Pereira Braga, fortalecimento da identidade do Quilombola e os lugares de memória.
AtravĂ©s do processo participativo e de outras metodologias, ferramentas fundamentais que permitiram compreender nĂ­veis mais subjetivos das relaçÔes existentes no quilombo, foi possĂ­vel o alcance dos resultados: levantamento histĂłrico do casarĂŁo de Aleixo Pereira Braga, proposta de programa de necessidades, e cartilha de recomendaçÔes bĂĄsicas para conservação do patrimĂŽnio edificado, que possibilitarĂĄ maior reconhecimento territorial e visibilidade do Quilombo Mesquita. 

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